Jornalista: Leví Lafetá
Certa ocasião, no Rio
de Janeiro, perguntei ao Italiano Manavela, dono de várias bancas de jornal, por
qual razão ele havia colocado mais uma banca numa rua sem movimento no bairro
de São Cristóvão. Com extrema rapidez de raciocínio, ele me respondeu que
estava visando o futuro: se o movimento da rua melhorasse ele teria um lucro,
mas se continuasse como está bastaria fechar e continuar com as outras que lhe
rendiam um bom lucro financeiro.
Ora, quem duvidar da
inteligência do Presidente do Atlético Mineiro está, totalmente, enganado.
Ontem, realmente, o Atlético treinou e não tem interesse em continuar na
competição chamada Primeira Liga. Se não vejamos. A bobeira dada pelo zagueiro Santana no único gol da partida é de um atleta sem nenhuma condição física e
técnica para disputar uma partida oficial. O Lucas Prato passeou dentro de
campo, porque o meia de ligação do Galo não existiu. Casales é gênio sendo um
meia avançado. O Carioca, que nunca faz falta, estava irritado
justamente por estar só na marcação. O treinador Roger estava calmo e fazia as
suas observações, quanto aos desempenhos dos jovens e de veteranos. Notava-se o
nervosismo do jovem Iago. O gol, meus amigos, só acontece se houver uma jogada
ensaiada ou se adversário errar. Então, o gol do Cruzeiro foi um erro de um
zagueiro que perdeu o tempo da bola pelo alto, com 1,96 de altura. Um zagueiro
que jogou em grandes equipes europeias, onde o ponto forte é a bola aérea, não
pode cometer, mais uma vez, um erro daquele amortecendo a bola e deixando o
atacante livre para marcar. No segundo tempo inventou em driblar e quase deu o
segundo gol ao Cruzeiro.
O Atlético tem jogos
mais importantes para colocar a canela em jogo. Mas, o Presidente do Atlético,
como o italiano Manavela, tirou o alvará de funcionamento de uma “banca de
jornal” que pode ou não ser rentável no futuro. Enquanto isso, o jogo serviu,também, para que o torcedor cruzeirense torça para o Mano Menezes, que foi expulso, não receba nenhuma proposta do exterior.
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Como surgiu a Primeira Liga.
O Brasil tem uma nova Liga de futebol, criada a margem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Se chama Liga Sul-Minas-Rio, na qual fazem parte, por enquanto, 13 times de futebol de cinco Estados do país: Flamengo, Fluminense, Cruzeiro, Atlético Mineiro, Grêmio, Internacional, Atlético Paranaense, Coritiba, Joinville, Avaí, Figueirense Chapecoense y Criciúma (este último da segunda divisão). Os 12 clubes que estão na primeira divisão representam mais da metade dos que estão nesta categoria (20 no total). As declarações dos dirigentes envolvidos na operação são contraditórias, mas tudo indica que a criação dessa nova Liga responde ao desejo de criar outro modelo de organização e gestão dos campeonatos.
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