sexta-feira, 15 de maio de 2020

O VÍDEO-TAPE : NEM TUDO É FUTEBOL




A nossa homenagem:
texto extraído do livro “NEM TUDO É FUTEBOL”, de Sérgio Rêdes 


Nos tempos da antiga TV Rio, os cariocas se  divertiam com uma equipe de comentaristas esportivos. O elenco era de primeira e cada um torcia por um time.A mesa era redonda, tinha o Léo Batista, o Armando Nogueira, o Gunar Goransson e outros. Dessa turma,uns três concentravam a atenção dos telespectadores. João Saldanha, botafoguense; Nelson Rodrigues, fluminense e o José Maria Scassa, rubro-negro doente. Então aconteceu um momento especial de Nelson Rodrigues. Naquela tarde, o Fluminense havia ganhado do Flamengo por 1x0.Os torcedores rubro-negros choravam a derrota.O gol tinha sido em impedimento.Na resenha, à noite, o Nelson curtia com a cara do Scassa, saboreando o que ele chamava de doce vitória tricolor. O Scassa,virou-se para o Luís Mendes e implorou:Passa o vídeo-tape,passa.O vídeo-tape era naquele tempo era a grande novidade. Em seguida veio o lance.O Scassa com o dedo apontou para a pequena TV ao lado e exclamou:Impedido!O Valdo está impedido.O Nelson retrucou: Scassa,essa é a mais dulcíssima das vitórias. Isso é roubo! Alterou-se o Scassa. Sem perder a fleuma,Nelson Rodrigues voltou seus olhos para a telinha e sentenciou: o vídeo tape é frio e burro. O que interessa é a vitória tricolor. 





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