A nossa homenagem:
texto extraído do livro “NEM TUDO É FUTEBOL”, de Sérgio Rêdes
Nos
tempos da antiga TV Rio, os cariocas se divertiam com uma equipe de comentaristas esportivos. O
elenco era de primeira e cada um torcia por um time.A mesa era redonda, tinha o
Léo Batista, o Armando Nogueira, o Gunar Goransson e outros. Dessa turma,uns
três concentravam a atenção dos telespectadores. João Saldanha, botafoguense;
Nelson Rodrigues, fluminense e o José Maria Scassa, rubro-negro doente. Então
aconteceu um momento especial de Nelson Rodrigues. Naquela tarde, o Fluminense
havia ganhado do Flamengo por 1x0.Os torcedores rubro-negros choravam a
derrota.O gol tinha sido em impedimento. Na resenha, à noite, o Nelson curtia
com a cara do Scassa, saboreando o que ele chamava de doce vitória tricolor. O
Scassa,virou-se para o Luís Mendes e implorou:Passa o vídeo-tape,passa.O vídeo-tape
era naquele tempo era a grande novidade. Em seguida veio o lance.O Scassa com o
dedo apontou para a pequena TV ao lado e exclamou:Impedido!O Valdo está
impedido.O Nelson retrucou: Scassa,essa é a mais dulcíssima das vitórias. Isso
é roubo! Alterou-se o Scassa. Sem perder a
fleuma,Nelson Rodrigues voltou seus olhos para a telinha e sentenciou: o vídeo
tape é frio e burro. O que interessa é a vitória tricolor.
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